O que encontrar por aqui?

Tudo sobre a feliz experiência de ter me tornado vegetariana. Longe da farinha branca, do açúcar e do leite há algum tempo. Na busca por uma alimetação mais alcalina. mô amorim

domingo, 16 de junho de 2013

Alimentação crua e viva X Inteligência emocional

Hoje foi um dia especial, assim como todos os dias que me fizeram chegar até aqui também. Cada dia vem construindo o outro, de forma a poder ver-entender-digerir tudo que está por vir. Por isso devemos sempre agradecer. A Palestra Aberta ministrada pela querida Conceição Trucom hoje no Arroz Integral de Maria sobre Alimentação Crua e Viva x Inteligência Emocional clareou minhas ideias e fortaleceu minhas convicções. E é realmente o que ela falou: o mundo o tempo todo quer nos dispersar, arrancar de nós o que a alma conseguiu abstrair longe de toda a dureza robotizada que a vida moderna nos impõe. Adorei saber a respeito dos sistemas excretores e seus segredinhos. E ainda foi bom rever a também querida Domitila Aguirre e me cercar de pessoas que exalam amorosidade e disposição em multiplicar o que há de bom na Natureza. Luciana Luppo, sentimos sua falta. Bem, quanto a mim, vou voltar à leitura da minha mais nova aquisição: "Mente e cérebro poderosos" (Conceição Trucom - Editora Cultrix). Uma boa semana a todos e preciso dizer: Deus é bom. Um beijo, mô.


domingo, 2 de junho de 2013

Poluir-se ou preservar-se? O que é mais trabalhoso, afinal?


"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." Mateus 7: 13-14

Quando me perguntam como é minha alimentação e conto sobre os benefícios das minhas escolhas alimentares e do meu distanciamento dos comestíveis industrializados, eu logo ouço o comentário: mas dá muito trabalho! 

Na hora eu penso em como a maioria é apta para julgar antes de experimentar. As pessoas correm lá na frente e elas mesmas colocam os obstáculos bem direitinho e estrategicamente. É isso que vejo. Fico pensando também no que é mais trabalhoso? Ficar doente, procurar um médico, comprar os remédios, tomá-los e etc? 

Não estou dizendo com isso que não ficarei mais doente. Mas estou assumindo a responsabilidade sobre parte da minha saúde e saindo da condição de paciente para agente do meu próprio bem estar. 

Em alguns casos, dá trabalho mesmo ser feliz! Só que é um trabalho gostoso!






Quando bati os olhos nesta ilustração, veio à mente o versículo que coloquei no início desta postagem. E vieram junto tantas outras reflexões acerca de nossas escolhas e a implicação delas. Sei que a passagem bíblica citada no início desta postagem está dentro de um contexto espiritual. De forma alguma quero banalizá-la ou associá-la unica e exclusivamente às minhas escolhas alimentares. Mas como cristã, eu sei que a mensagem é certeira para vários aspectos da nossa existência. Por isso peço que continuemos esta conversa. 


No que tange à alimentação, há hoje uma grande maioria que opta pelo mais fácil como mostra a ilustração. Tudo parece vantajoso, no entanto, sinto informar que a comida industrializada não é tão inocente quanto parece. É só pesquisar, debruçar-se um pouco mais no tema. 


Vejam, em termos de alimentação, eu tenho constatado que o lance está mais para  'Efeito Borboleta' do que para o hino do Zeca Pagodinho "Deixa a vida me levar, vida leva eu". Deu para entender? Cada escolha alimentar que fazemos repercute diretamente em nossa mente, alma e corpo. E quando pensamos no ser humano, não consigo separá-lo em partes. Está tudo ligado. O que você come hoje é o que você vai ser amanhã. 




Mas a coisa é mais profunda. Não estou querendo dizer: coma isto que é bom pra isto. Não sou médica, nem nutricionista para dar conselhos nutricionais. Tampouco quero usar alimentos como amuletos. Não adianta se entupir de algo só porque é bom para uma doença específica. Eu vejo hoje os resultados da alimentação natural como uma sinfonia: cada instrumento tem de estar afinado com o outro ao seu lado. Comece a pensar no que é natural, no que é comida de verdade. Siga seu coração antes de seguir seu estômago. 

Sou alguém que tem feito experiências com os alimentos. A cozinha virou meu laboratório. O que tenho experienciado vai além e ainda está muito recente para conseguir traduzir aqui para vocês. Estou trilhando o começo do caminho, os primeiros passos. Estou vislumbrando apenas a pontinha do iceberg. O que posso dizer é que meu humor responde prontamente ao que vai em meu prato. Agora eu converso com o meu corpo e com os alimentos. 

Voltando à questão do caminho estreito, só posso concluir que é mais fácil poluir-se, em vez de preservar-se. Pense bem: quando você decide reciclar seu lixo, não dá mais trabalho? Em relação à alimentação também é assim: é sempre mais fácil passar a mão no telefone e pedir uma comida plastificada em casa. É mais fácil abrir um refrigerante do que espremer laranjas. Mas o engraçado e paradoxal de tudo isso é que tudo é relativo. Sinto que agora está até mais simples e mais ecológico. Eu tenho levado frutas para o trabalho e, em vez de comer pães, doces e café nos intervalos, eu como banana, caqui, abacate, amêndoas e castanhas. 

Depois de terminar de escrever este post, vou fazer um macarrão com abobrinha e molho de berinjela com tomates frescos e manjericão (receita logo abaixo). Já fiz meu suco de manga com semente de linhaça germinada e gotinhas de limão. 



Depois ensino o passo-a-passo deste suco, tá? Esta maravilha eu aprendi no curso de Alimentação Crua e Viva que fiz com a querida Conceição Trucom. Na ocasião, levei meu livro "A nuvem vermelha" e a presenteei como forma de gratidão a tudo que ela tem me ensinado através de seus livros.

Momento sublime registrado pelas lentes do talentoso Arjuna Alcone Cordaro

Foi um encontro maravilhoso, que me abriu meu olhar de dentro para novas possibilidades e caminhos. E se o caminho for estreito? Não me importa. Sei que Deus não se engana quando nos conduz e sinto mais que nunca que estou sendo conduzida por Ele. E quem me conhece, sabe que nunca quis me perder com a maioria e gosto dos sabores mais demorados, dos atos mais eternos e menos efêmeros que conduzem à Vida.  


A receita do macarrão está aqui para quem quiser experimentar. Eu irei preparar a minha com algumas variações. 


Capellini de abobrinha com tomate-cereja

Ingredientes • 1 xíc. (chá) de capellini
• 2 col. (sopa) de azeite extravigem
• 1 abobrinha média, ralada em fios compridos
• Sal a gosto
• 1 torrada integral ralada

Molho • 1 berinjela cortada em cubos
• 1 col. (sopa) de água
• 1 col. (café) de manjericão picado
• 1 col. (café) de salsinha picada
• 3 azeitonas picadas
• 6 tomates-cereja cortados ao meio
• Sal a gosto

Modo de fazer Cozinhe a massa 'al dente'. Escorra e coloque em uma frigideira com 1 colher (sopa) do azeite. Em seguida, acrescente a abobrinha, mexa rapidamente e desligue o fogo, antes que a abobrinha comece a soltar água. Coloque sal, passe para uma tigela e acrescente o molho. Para o molho: em uma frigideira antiaderente, refogue a berinjela com a água por 2 minutos. Junte o manjericão, a salsinha e, por último, a azeitona, o tomate-cereja e refogue rapidamente. Ajuste o sal e coloque sobre a massa. Regue com o restante do azeite e polvilhe a torrada. 

Observação: peguei esta receita na página da Revista Boa Forma no Facebook.

Um beijo a todos e um junho maravilhoso! Mô Amorim.

domingo, 26 de maio de 2013

Meu primeiro curso de culinária na vida! E viva!

Bem, para quem convive comigo, sabe que estou passando por várias transformações na minha nada mole vida. Há um pouco mais de dois meses fiz a transição para o Vegetarianismo e estou vivendo novidades a cada dia. Na verdade, a vida me empurrou nos braços do meu desejo. Nossa! Isso ficou bonito, né? 
'A vida me empurrou nos braços do meu desejo'.

Eu sempre desejei uma vida diferente, um vida que não beirasse a mesma coisa de todo dia. 
E hoje, posso dizer que minha vida está bem diferente do que costumava ser. Uma movimentação n'alma, uma vontade de me arriscar por outros caminhos, uma fresta aberta denunciando a luz de um novo jeito de caminhar. 

A gente não sabe ao certo o momento em que começa despertar para o Novo. Só sei que parece que depois de iniciado o caminho, o Novo parece sempre ter estado ali à nossa espera. O que sabemos apenas é que a vida pode ser mágica e paradoxal. Dá medo sim. Mas eu preciso sentir mais frio na barriga, mais coração acelerado, mais sabores e sentidos aguçados. Eu me sentia meio fora de tudo porque não era o que eu acreditava. E foi fuçando aqui e ali que encontrei o trabalho da querida Conceição Trucon (www.docelimao.com.br).

A partir daí e de tantas outras leituras, fui absorvendo novidades saudáveis sobre alimentação. Quando fiquei sabendo do curso que ela viria ministrar aqui em Santos, não tive dúvidas em querer participar. 
E foi hoje o grande dia esperado! 
Acordei e me dirigi para a Oficina de Panificação Crua e viva que aconteceu no Restaurante Arroz Integral de Maria, na rua Goiás, nº146. O lugar é lindo e os idealizadores estão de parabéns.
Para quem não sabe, comida viva envolve o ato de consumir alimentos sem que estes passem por processo de cozimento, conservando assim suas enzimas e nutrientes. 

 Salada colorida, apetitosa e viva

 Aqui a massa do bolo de maçã prestes a amornar no forno desligado

 Queijo preparado com amêndoas que não deixa nada a desejar quando comparado a uma ricota. Aqui, foram misturadas algumas ervas, salsinha e cebolinha
 O pessoal preparando tudo
E de acordo com as explicações

Aprendemos a fazer pão essênio, suco alcalinizante rico em ômega 3, mini-pizzas, canapés, rocamboles, geleias, bolos. Tudo sem cozimento, sem farinha branca e sem açúcar. E tudo incrivelmente saboroso!
Mas o melhor de tudo foi aprender tudo isso com amorosidade e dedicação de quem aplica isso na própria vida. Foi um dia diferente para ficar registrado na memória e aqui no blog. 
Conheci novas pessoas, cada uma focada em seu caminho e em suas buscas. 
Tudo isso veio carregado de novos paradigmas, envolto de uma aura de renovo. 
Eu me despeço aqui, cansadinha e feliz pacas!

Com um beijo e um desejo: 
que você possa também ser jogado no colo dos teus desejos assim como eu fui!
mô amorim

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Menos é mais quando o que você quer é tempo e paz!

Há algum tempo resolvi questionar o jeito de viver da maioria e procurei meu próprio jeito. Esse meu lado de 'filósofa de araque' é que me faz assim: esquisita. Mas acabo, a cada dia, achando um monte de gente que compactua com meu modo de levar a vida. Achei um texto que corrobora minha filosofia e mostra que nossas escolhas por uma vida mais saudável, simples, com mais paz e tempo provam que viver com menos é viver mais. Um beijo e boa leitura.


Viver com menos

  • Jovens da classe média reduzem consumo ao essencial por estilo, e não por necessidade. Fenômeno minimalista começa a ser estudado em universidades e difundido na internet



Zappa diz que ter menos objetos é como subtrair problemas
Foto: Michel Filho / Michel Filho

Zappa diz que ter menos objetos é como subtrair problemas Michel Filho / Michel Filho
RIO - A fotógrafa catarinense Claudia Regina, de 24 anos, vive num apartamento de 40 metros quadrados em Copacabana, na Zona Sul do Rio, sem liquidificador, micro-ondas e torradeira. Simples até na dispensa do sobrenome, ela também não tem carro. Dentro de casa, apenas uma cama, poucos armários e um frigobar. Os cabelos são mantidos praticamente raspados, o que elimina a necessidade do uso regular de shampoo e condicionador, assim como o de pente ou escova. O publicitário paulista Michell Zappa, de 28 anos, mora nos Jardins, bairro de classe alta em São Paulo, num apartamento do mesmo tamanho do de Claudia, mas sem TV a cabo, DVD ou Blu-Ray. Até virtualmente ele cortou supérfluos. Tudo que ouve é em serviço de streaming — o que significa que não precisa baixar músicas —, e os livros estão armazenados num Kindle.
Não foi a ruína financeira que levou Claudia e Zappa a aderir à redução do estilo de vida ao essencial. Eles não se conhecem, mas comungam dos mesmos ideais quando o assunto é a maneira de consumir. Mais do que isso, fazem parte de um fenômeno social que já começa a ser debatido. É o que faz o pesquisador da PUC do Paraná Jelson Oliveira. Ele está concluindo o livro “Simplicidade”, que será lançado até o final do ano. Entre os temas abordados está um dos aspectos da questão que Oliveira mais gosta de ressaltar: o “culto de viver com menos” não tem nada a ver com pobreza:
— Adotar a ideia da simplicidade é estar disposto a abrir mão do excesso de bens de consumo. O aumento da procura por outra forma de viver é um sintoma de cansaço com a uma sociedade altamente consumista.
Criados na cultura digital, os adeptos da simplicidade voluntária subtraem móveis, roupas, sapatos, livros, qualquer bem de consumo considerado supérfluo de suas vidas. Ainda que seja um fenômeno social contemporâneo sem líderes nem regras, alguns usam o espaço virtual para divulgar suas ideias.
O escritor carioca Alex Castro, de 39 anos, que cresceu num apartamento de 600 metros quadrados na Barra da Tijuca, aderiu ao movimento e usa seu site pessoal para propagar suas ideias sobre a redução do estilo de vida ao essencial. A base de tudo é o minimalismo — movimento cultural do século passado que faz uso de poucos elementos fundamentais como base de expressão.
— Antes eu atrelava os momentos felizes a objetos inanimados. Um dia, fiquei irritado porque um amigo usou minha caneca. Decidi que não queria ser essa pessoa. Descobri que jogar fora os objetos não significa jogar fora as emoções. Passei a viver uma vida sem rastro, aumentando a prática do desapego.
Castro reduziu seus pertences de tal forma que garante caberem numa caixa. Poucas roupas e sapatos, assim como utensílios domésticos. Ele só não abre mão de investir num bom laptop, Kindle, celular, câmara digital e cachimbos. Todo o resto, teoriza, é supérfluo. Deixar tudo para trás, diz ele, é um exercício constante, que incluiu até livros caçados em sebos durante anos:
— Tenho menos objetos e mais tempo livre para mim. Não posso imaginar troca mais sensata.
A sensação de liberdade por se livrar da necessidade de ter dinheiro para consumir cada vez mais é repetida por todos os seguidores de uma rotina mais simples. O relatório “Estado do Mundo — 2010", da ONG ambientalista WorldWatch Institute, mostrou que apenas um terço da população mundial consome mais do que a Terra é capaz de repor. Os outros dois terços da população do mundo sequer conseguem ir às compras, já que apenas garantem sua própria sobrevivência.
Filósofos e escritores
A vida de pesquisador de tendências levou Michell Zappa a descobrir os benefícios do desapego. Hoje, é praticamente um nômade. Desde os 15 anos, quando saiu de São Paulo para morar em Estocolmo, na Suécia, troca de endereço periodicamente. Nos últimos sete anos morou em Amsterdã, Nova York e São Paulo. Cada mudança, lembra, exigia o exercício do desapego. Até que decidiu focar apenas em alguns móveis e objetos de arte, que ficam espalhados nas casas de familiares e amigos. O resto é “descartável”.
— Hoje tenho um apartamento pequeno, que comporta apenas um sofá, uma estante, um baú e uma mesa com duas cadeiras.
A simplicidade ultrapassa a adoção de uma atitude menos consumista, mas não significa um rompimento total com a sociedade de consumo. Implica fundamentalmente em trocar o supérfluo pelo essencial.
O desejo de ser feliz com menos é mais antigo do que se imagina. Na antiga Grécia, o filósofo Diógenes de Sínope condenava os luxos da civilização. Diógenes, o Cínico, como era conhecido, teria vivido pelas ruas de Atenas e sua única posse era uma cuia. E até dessa se livrou ao ver um menino usando as mãos em forma de concha para beber água. Mas Diógenes, vale esclarecer, achava que pobreza era virtude. Seus discípulos e o também filósofo Antístenes são considerados os primeiros a defender a ideia de que bens e glórias podem se tornar fontes de infelicidade e prisões do espírito.
No século XVIII, o pensador Jean-Jacques Rousseau pregava uma vida bucólica, em contato com a natureza, enquanto o francês Pierre-Joseph Proudhon, no século seguinte, chegou a criar substitutos do dinheiro, como a troca de produtos de acordo com o tempo de trabalho. Escritores como Ralph Waldo Emerson e Henry David Thoreau também seguiram por caminhos semelhantes. No mundo contemporâneo, paradoxalmente, um dos exemplos de gente que adotou estilo de vida minimalista foi também um dos maiores criadores de símbolos de consumo. Steve Jobs, criador da Apple, marca-fetiche entre os adeptos do “menos é mais”, era minimalista em sua vida pessoal. Quando solteiro, vivia num ambiente decorado apenas com uma foto do físico Albert Einstein, uma luminária, uma cadeira e uma cama.
— A ideia de simplicidade volta aos debates com frequência. Nos anos 1960, por exemplo, surgiram numerosos movimentos que defendiam uma vida mais comunitária e menos individualista. O que há hoje é uma mercantilização do mundo. Isso estressa as pessoas, e a situação que leva a isso não mudou com o passar das décadas. Uma sociedade extremamente voltada para o consumo apenas complica. Não simplifica. E ainda causa impactos enormes no meio ambiente — argumenta Dulce Critelli, terapeuta e professora de filosofia da PUC de São Paulo.
Para ela, três fatores levam ao crescimento da tendência minimalista pelo mundo. Uma delas é o conceito de slow food que, ao criticar os efeitos padronizantes da fast food, reforçou a crítica ao ritmo da vida atual. O segundo é a crise econômica, que diminuiu o poder aquisitivo das pessoas e as fez repensar seus gastos. E, por fim, os movimentos de preservação ambiental, que não cansam de chamar a atenção, por meio de relatórios e documentos, para o excesso de consumo.
Consumo consciente
Pesquisa do Instituto Akatu, ONG que se dedica à conscientização da sociedade para o consumo consciente, mostra que o brasileiro não associa o sentimento de felicidade e de bem-estar à posse de bens. Das 800 pessoas entrevistadas, 66% apontaram a saúde, tanto a própria como a de parentes e de amigos, como um dos fatores para se sentirem satisfeitas. Apenas 33% indicaram aspectos relacionados ao consumo como condição primordial para o bem-estar. No quesito afetividade, a opção “passar tempo com as pessoas” levou nota 8,3; e “comprar presentes” conquistou 2,6 pontos.
Para Hélio Mattar, diretor-presidente do Akatu, existe uma tensão na sociedade de consumo que leva as pessoas a viverem um verdadeiro estresse cotidiano. Trabalha-se mais para se consumir mais. Um dos maiores dramas, para ele, é na economia. O excesso de desejo gera dívidas. Só que a vontade de comprar ainda mais não cessa, o que acaba alimentando um círculo vicioso que deixa a população numa situação vulnerável.
Segundo o Banco Central, cerca de 45% da renda anual da população estão comprometidos com dívidas. Por mês, o brasileiro gasta, em média, um quarto do salário para pagar o que deve. Os americanos, tradicionais consumistas, comprometem 16%. A consequência do aperto no orçamento é a dificuldade de manter em dia os compromissos financeiros.
Mattar lança mão de um estudo do WorldWatch Institute para discutir o tema:
— Aproximadamente 16% dos países mais ricos do mundo são responsáveis por 78% do consumo total. Isso já ultrapassa o que o planeta é capaz de repor. Agora pensemos na certeza de que o número de pessoas que compram em alta intensidade irá aumentar nas próximas décadas. O planeta aguenta?
Uma solução é o desapego a pertences físicos. Solução essa que ganhou um aliado no mundo virtual. Acervos de fotos, livros, revistas, papéis, DVDs e documentos, que costumam encher armários e gavetas, podem ser guardados virtualmente. Nos Estados Unidos, a venda de livros tradicionais tem caído todos os anos, em contraste com o crescimento do comércio de e-books.
O analista de mídias sociais Ian Black, de 32 anos, não tem tocador de DVD e diz não frequentar locadoras de vídeo há quatro anos. Nos últimos dez anos acumulou um acervo considerável de música e entretenimento digital. Tem mais de 20 mil faixas armazenadas. Possui também aproximadamente 400 filmes baixados. Para ele, um jeito torto de ser ecologicamente correto.
— Consumir menos também significa gastar menos recursos naturais. Mas há um lado de conveniência mesmo. Ter uma estante com centenas de CDs significa que você precisa investir um bom tempo organizando, limpando e ainda tirando da embalagem para colocar em um aparelho específico. Também vou, aos poucos, me livrando dos livros. É o que considero mais absurdo. Dificilmente são relidos e depois só servem como decoração e como peso desconfortável na mudança.
Black, que mora em São Paulo, diz que tenta aplicar o mesmo conceito para roupas. Cada vez mais se apega a peças lisas e fáceis de combinar, de maneira que não tomem tempo e espaço maiores do que o necessário:
— Não quero mais gastar tempo com detalhes supérfluos no meu dia a dia. Também não quero me matar de trabalhar para manter um estilo de vida mais extravagante. Recentemente, também mudei de escritório. Eu e minha equipe abandonamos uma casa alugada de 200 metros quadrados, na qual tínhamos que ter uma pessoa contratada exclusivamente para mantê-la funcionando. Optamos por um espaço mais central e menor que nos permita um contato maior com outros empreendedores. Nosso custo mensal passou de R$ 15 mil para R$ 3 mil.
A vida editada pode fazer diferença para casais como o ilustrador Bruno Algarve, de 30 anos, e a designer Daisy Biagini, de 29 anos. Ambos são paulistas. O estalo começou da parte de Algarve, quando, em 2005, percebeu que não conhecia mais a voz dos clientes. Todo o trabalho era desenvolvido através de e-mails. Viu, então, que não precisaria se prender a São Paulo para trabalhar.
Algarve convenceu Daisy a venderem tudo que tinham e viajar. O que sobrou foi colocado em dez caixas de papelão e armazenado em um quartinho na casa dos pais dela. Agora são apenas duas mochilas para cada um. Uma para roupas e outra para o escritório. Na do trabalho de Algarve ficam laptop, câmera fotográfica e pen tablet, espécie de prancheta digital muito usada por ilustradores. O valor dos três itens não ultrapassa R$ 3 mil.
— E dessa maneira já viajamos para Uruguai, Chile, Peru e Bolívia. Em cada lugar, ficamos em apartamentos ou pousadas. Trabalhávamos onde estivéssemos. De vez em quando, ficamos em São Paulo, mas em casas de amigos ou da família. Até adquirimos um carro para ter mais mobilidade. Mas lá vão apenas as quatro mochilas. A prioridade, na verdade, é viajar. O minimalismo acabou sendo uma consequência que nos ensinou a nos livrar de objetos e praticar o desapego — conta Bruno.
Radicalismo
Poucos pessoas, no entanto, conseguem ser tão radicais quanto o economista britânico Mark Boyle. Em 2008, exatamente no mesmo dia das notícias sobre a quebra dos bancos envolvidos em negócios no mercado de hipotecas, ele resolveu renunciar ao dinheiro. Era dono de duas empresas de comida orgânica, em Londres. Boyle vendeu tudo que tinha e hoje, cinco anos depois, vive em um velho trailer no Sudoeste da Inglaterra.
Hoje, escreve artigos para o jornal “The Guardian” sobre sua atual rotina. Foi logo batizado pelo veículo como “o homem sem dinheiro”. Virou celebridade e chegou a publicar um livro, chamado “O homem sem grana” (Ed. Best-Seller), já lançado no Brasil. Também possui um site pessoal na internet e dá palestras em que conclama as pessoas a renunciar ao dinheiro.
— Todos nós conhecemos os benefícios do dinheiro. Somos informados disso constantemente desde o momento em que nascemos. Na realidade, porém, a experiência de 99% da população me diz que nada disso está perto de ser verdade. O pior de tudo é que, quando olhamos para os problemas do mundo, todos sabemos que esse tipo de cultura em que estamos envolvidos é o principal responsável por grandes problemas ecológicos, sociais e pessoais — argumenta.
A fotógrafa Claudia não chegou ao extremo de Boyle, embora admita que raspar os cabelos foi uma forma de radicalização. Desde que trocou Curitiba pelo Rio — depois de largar a vida de empresária, ela tinha um escritório de webdesign na capital paranaense, e o marido —, ela passou a dar palestras sobre a vida minimalista:
— Minhas escolhas têm a ver com sustentabilidade e economia. Mas é também um ato político. Eu economizo, gasto menos recursos do planeta e me posiciono contra uma sociedade consumista.
Um dos primeiros ativistas desse estilo de vida, o americano Duane Elgin, autor do livro “Simplicidade voluntária”, previa na sua obra, de 1981, a necessidade de mudança. Ele deixava claro que descomplicar não significava fazer voto de pobreza. Mas reduzir a demanda por elementos externos que proporcionam uma dose limitada de satisfação e sensação de bem-estar.
— Desde então, muita coisa mudou. Lembro que nos anos 1970, nas minhas primeiras palestras, eu era visto como um cara excêntrico. Agora sou apresentado como um exemplo positivo de que é possível mudar. O tema passou a ser visto com menos complacência e mais urgência. Naquela época, havia poucos debates sobre mudanças climáticas, problemas de energia e água... Agora, quanto mais perto observamos o planeta, mais vemos que ultrapassamos a capacidade do mundo em assegurar nosso nível extremado de consumo — defende Elgin, em entrevista por email.


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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Horta zen... zen sair de casa...


Ideias de horta para quem ainda mora nas grandes cidades:


Acho que esta é a mais acessível para mim no momento... O que acham?


Para os que têm varanda em casa... 


Para os ricos! rs...
A vida é cheia de possibilidades. 
Um beijo!


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ando descobrindo por que minhas escolhas alimentares têm me deixado naturalmente mais feliz. Leiam o artigo.


Glúten vira cola no intestino e provoca diversas complicações
Foto de alimentos que contém glúten
O inimigo de quem busca uma vida saudável está no pão, no bolo ou na cerveja. É o Glúten – uma substância encontrada no trigo, no centeio, na aveia e na cevada. Segundo médicos e especialistas, ao chegar no intestino o glúten transforma-se em uma espécie de cola grudando nas paredes intestinais. Com o passar do tempo, provoca saturação do aparelho digestivo, aumento da gordura na região do abdome, dores articulares, alergias cutâneas e depressão. 

Muito desses problemas de saúde são em decorrência na mudança de cardápio dos brasileiros que passaram a comer em excesso alimentos ricos em glúten como pães, biscoitos, macarrão e bolos. Hoje até queijos embutidos vem com a substância. A nutróloga Clara do Brandão, do Ministério da Saúde, alerta para a criação de uma soberania alimentar. “Mandioca, milho e arroz no lugar do trigo importado, que faz tanto mal a saúde”, disse. 

O corpo responde de diversas maneiras: obesidade, síndrome de resistência à insulina, deficiência de cálcio, alergias, diarreias e doenças auto-imunes. O nutrólogo João Curvo conta que os chineses consideram o excesso de glúten sinal de má higiene interna já que o metabolismo emperra, favorecendo bactérias que gostam de calor e estagnação. 

A dieta sem glúten é moda nas academias pois o emagrecimento e a redução de gordura na área abdominal é comprovada. Muita gente está incluindo na alimentação pães de aipim e de milho, macarrão de arroz e cookies de soja. O nutricionista Leonardo Haus está recomendando a dessensibilização ao glúten. Trata de um período de três meses no qual não se pode comer os quatro cereais que contêm o glúten - trigo, centeio, cevada e aveia. “A ideia é uma reeducação alimentar. Você pode comer um pãozinho mas o excesso pode alterar todo o seu metabolismo, baixar a imunidade do organismo e levar doenças. Mas é bom lembrar que nem todo obeso tem essa intolerância alimentar”, explica. 

Intestino sem glúten produz serotonina e gera alegria é a afirmação de especialistas da área nutricional. As dificuldades no começo da dieta podem aparecer por isso uma boa dica para ter o sucesso esperado é a ingestão constante de frutas, que além de leves são nutritivas e de baixa caloria. Outro fator importante é procurar no mercado alimentos produzidos com boa qualidade. 

Problemas relacionados ao consumo de glúten 

· Intolerância alimentar: o glúten é uma cola que adere as paredes intestinais e vai bloqueando o funcionamento do intestino. Os primeiros sintomas são intolerância alimentar, desconforto abdominal, gases e retenção de líquidos.
· Obesidade: Com o metabolismo lento não se processa devidamente os alimentos tendo como conseqüência o acúmulo de gordura abdominal.
· Baixa imunidade: afeta o sistema imunológico favorecendo doenças auto-imunes.
· Intoxicação e enxaqueca: o metabolismo estagnado dificulta a eliminação das toxinas elevando o risco de doenças como dores de cabeça e enxaquecas.
· Açúcar: Como o glúten é aliado do açúcar, seqüestrador do cálcio, aumentam os riscos de osteoporose, cáries, ranger de dentes, insônia, hipertensão e colesterol alto.

Fonte: Márcia Cezimbra de O GLOBO.

ATENÇÃO: A responsabilidade deste artigo é exclusiva de seu respectivo autor (fonte). 

domingo, 19 de maio de 2013

27 frutas por semana

Passei alguns dias sem postar nada por aqui, mas andei acumulando sabedoria, acreditem. Muitas coisas boas estão acontecendo. Estou finalizando meu segundo livro e tem sido um presente valiosíssimo este trabalho. Terei muitas novidades para 2014. Devagar, passo a passo, a vida vai mudando. Não é bem a vida, é a gente mesmo. Um aradiniha aqui, outra ali e o terreno vai se fazendo sob os nossos pés. 




Tenho lido bastante, sabe? Tenho lido bastante porque leio no ônibus e isso me adianta a vida. Digo, a vida interior. Antes quando tinha carro, a vida era uma correria: trânsito, semáforo, buzinas, ultrapassagens, olho no relógio cronometrando o trajeto e a possibilidade de fazer mil coisas no dia. Sim, ter carro possibilita você realizar mil coisas num único dia. Mas daí, pergunto: e quem precisa ficar sempre realizando mil coisas durante o dia? Não pode fracionar essas mil coisinhas? Pois bem, eu era uma pessoa que vivia assim. Até que cansei. Repensei a vida. Abandonei o carro e um dos meus empregos que sustentava os gastos com o carro. Escolhi o caminho inverso da maioria: passei a andar de ônibus. 


Sem essa de dizer o que é certo ou errado. É apenas uma escolha entre tantas possibilidades. Não que eu não possa ter um carro novamente. Até sonhei outro dia (tenho sonhado tanto e fiquei sabendo que pode ser por causa da alimentação que mudei) que eu dirigia uma caminhonete e carregava muitas frutas, verduras e legumes orgânicos na carroceria. Engraçado isso... Tudo muito engraçado. Mas voltando às minhas leituras e descobertas, preciso deixar registrado aqui o quanto continuo me sentindo bem com toda esta mudança de atitude em relação aos meus hábitos alimentares e ao meu estilo de vida.

Hoje eu consumi muitas frutas: manga, caqui, banana, laranja e uva. Vai fazer dois meses que tenho consumido frutas todos os dias. Eu li que uma mulher, para se ver afastada do fantasma de câncer na mama, precisa consumir 27 frutas por semana. Com esta atitude, é possível reduzir em 50% o risco de desenvolver a doença. Continuo fazendo a experiência de não colocar no meu cardápio nada que seja de origem animal. Para mim, a transição para o vegetarianismo não foi complicada ou difícil. Eu já havia interiorizado esta vontade, apenas não havia chegado o momento. Minha experiência mais delicada tem sido em retirar totalmente os três branquinhos da minha alimentação: farinha branca, açúcar de qualquer tipo e leite. 


Tem sido uma experiência pela qual nunca pensei que fosse conseguir passar. Tudo isso estava tão impregnado no meu cotidiano e no meu paladar. São quase dois meses sem açúcar,  farinha de trigo branca e laticínios. São quase dois meses sem comer bolo, brigadeiros, sorvetes, doces e pães. Tudo que é severamente processado e cheio de aditivos químicos eu tirei da minha alimentação. Só tem entrado comida de verdade. São quase dois meses sem sentir dor de cabeça e peso nas pernas. São também três quilos a menos em meu corpo, sem fazer dieta, sem contar calorias. 

Eu ainda não consigo mensurar todos os benefícios que tal mudança me fez. Mês que vem farei exames detalhados de sangue e passarei novamente pelo nutrólogo. Meu sono agora é reparador. Isso é algo muito especial. Eu me sinto menos agitada, mais calma até para fazer escolhas. A fome é outra. Na verdade, sinto fome de comida. Como explicar isso? Eu me refiro à comida de verdade. Meu corpo se acostumou ao suco de couve com maçã (acordo desejando isso), mas infelizmente minha centrífuga quebrou. No liquidificador dá um trabalho tremendo. Na janta, em vez de pensar num sanduíche ou num prato de batatas fritas, eu chego em casa desejando um prato de grão de bico ou de feijão com arroz integral, vinagrete, saladas, legumes refogados e sucos naturais e frutas. Antes não era assim, eu juro.

Tenho também praticado Yoga com frequência e já sinto vários benefícios. Minha flexibilidade aumentou, assim como a capacidade respiratória.Quando corro, canso menos (deixei meu cabelo crescer para voltar a correr). Tenho feito os exercícios de respiração e tenho meditado também. Tenho prestado atenção no meu corpo, nos meus pensamentos e sentimentos. Uma coisa muito legal tem acontecido: eu tenho me pontuado mais. Eu posso explicar: antes as pessoas falavam ou faziam coisas que eu não gostava e eu simplesmente deixava. Agora não. Eu me coloco e deixo claro quando não gosto. Não engulo ou guardo. Não quero peso comigo, de nenhuma espécie. Assim como não quero arrependimentos ou frustrações.


Ando sendo muito honesta com o meu coração. Certos sentimentos que tentei arrancar à força, continuam em mim e ficarão assim enquanto tiver de ser. Não há como lutar contra o que é verdadeiro. Só peço a Deus serenidade para conviver com aquilo que não consigo mudar. A minha visão da vida e do amor sempre foi zen. Mas minhas atitudes não eram. Não quero olhar para trás e perceber que suprimi o amor.  Assim, deixarei o amor fluir dentro de mim, mesmo que não tenha o seu alcance. Amor não se pode desperdiçar. 



No mais, continuo na minha vida simples. Como disse no começo deste post, tenho sonhado muito. De olhos fechados e abertos. Tenho sonhado com uma casa e junto com ela, uma horta. Meu coração se enche de paz quando penso isso. A vida é surpreendente e tudo de bom pode acontecer. Um beijo, mô amorim.