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Tudo sobre a feliz experiência de ter me tornado vegetariana. Longe da farinha branca, do açúcar e do leite há algum tempo. Na busca por uma alimetação mais alcalina. mô amorim

domingo, 2 de junho de 2013

Poluir-se ou preservar-se? O que é mais trabalhoso, afinal?


"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." Mateus 7: 13-14

Quando me perguntam como é minha alimentação e conto sobre os benefícios das minhas escolhas alimentares e do meu distanciamento dos comestíveis industrializados, eu logo ouço o comentário: mas dá muito trabalho! 

Na hora eu penso em como a maioria é apta para julgar antes de experimentar. As pessoas correm lá na frente e elas mesmas colocam os obstáculos bem direitinho e estrategicamente. É isso que vejo. Fico pensando também no que é mais trabalhoso? Ficar doente, procurar um médico, comprar os remédios, tomá-los e etc? 

Não estou dizendo com isso que não ficarei mais doente. Mas estou assumindo a responsabilidade sobre parte da minha saúde e saindo da condição de paciente para agente do meu próprio bem estar. 

Em alguns casos, dá trabalho mesmo ser feliz! Só que é um trabalho gostoso!






Quando bati os olhos nesta ilustração, veio à mente o versículo que coloquei no início desta postagem. E vieram junto tantas outras reflexões acerca de nossas escolhas e a implicação delas. Sei que a passagem bíblica citada no início desta postagem está dentro de um contexto espiritual. De forma alguma quero banalizá-la ou associá-la unica e exclusivamente às minhas escolhas alimentares. Mas como cristã, eu sei que a mensagem é certeira para vários aspectos da nossa existência. Por isso peço que continuemos esta conversa. 


No que tange à alimentação, há hoje uma grande maioria que opta pelo mais fácil como mostra a ilustração. Tudo parece vantajoso, no entanto, sinto informar que a comida industrializada não é tão inocente quanto parece. É só pesquisar, debruçar-se um pouco mais no tema. 


Vejam, em termos de alimentação, eu tenho constatado que o lance está mais para  'Efeito Borboleta' do que para o hino do Zeca Pagodinho "Deixa a vida me levar, vida leva eu". Deu para entender? Cada escolha alimentar que fazemos repercute diretamente em nossa mente, alma e corpo. E quando pensamos no ser humano, não consigo separá-lo em partes. Está tudo ligado. O que você come hoje é o que você vai ser amanhã. 




Mas a coisa é mais profunda. Não estou querendo dizer: coma isto que é bom pra isto. Não sou médica, nem nutricionista para dar conselhos nutricionais. Tampouco quero usar alimentos como amuletos. Não adianta se entupir de algo só porque é bom para uma doença específica. Eu vejo hoje os resultados da alimentação natural como uma sinfonia: cada instrumento tem de estar afinado com o outro ao seu lado. Comece a pensar no que é natural, no que é comida de verdade. Siga seu coração antes de seguir seu estômago. 

Sou alguém que tem feito experiências com os alimentos. A cozinha virou meu laboratório. O que tenho experienciado vai além e ainda está muito recente para conseguir traduzir aqui para vocês. Estou trilhando o começo do caminho, os primeiros passos. Estou vislumbrando apenas a pontinha do iceberg. O que posso dizer é que meu humor responde prontamente ao que vai em meu prato. Agora eu converso com o meu corpo e com os alimentos. 

Voltando à questão do caminho estreito, só posso concluir que é mais fácil poluir-se, em vez de preservar-se. Pense bem: quando você decide reciclar seu lixo, não dá mais trabalho? Em relação à alimentação também é assim: é sempre mais fácil passar a mão no telefone e pedir uma comida plastificada em casa. É mais fácil abrir um refrigerante do que espremer laranjas. Mas o engraçado e paradoxal de tudo isso é que tudo é relativo. Sinto que agora está até mais simples e mais ecológico. Eu tenho levado frutas para o trabalho e, em vez de comer pães, doces e café nos intervalos, eu como banana, caqui, abacate, amêndoas e castanhas. 

Depois de terminar de escrever este post, vou fazer um macarrão com abobrinha e molho de berinjela com tomates frescos e manjericão (receita logo abaixo). Já fiz meu suco de manga com semente de linhaça germinada e gotinhas de limão. 



Depois ensino o passo-a-passo deste suco, tá? Esta maravilha eu aprendi no curso de Alimentação Crua e Viva que fiz com a querida Conceição Trucom. Na ocasião, levei meu livro "A nuvem vermelha" e a presenteei como forma de gratidão a tudo que ela tem me ensinado através de seus livros.

Momento sublime registrado pelas lentes do talentoso Arjuna Alcone Cordaro

Foi um encontro maravilhoso, que me abriu meu olhar de dentro para novas possibilidades e caminhos. E se o caminho for estreito? Não me importa. Sei que Deus não se engana quando nos conduz e sinto mais que nunca que estou sendo conduzida por Ele. E quem me conhece, sabe que nunca quis me perder com a maioria e gosto dos sabores mais demorados, dos atos mais eternos e menos efêmeros que conduzem à Vida.  


A receita do macarrão está aqui para quem quiser experimentar. Eu irei preparar a minha com algumas variações. 


Capellini de abobrinha com tomate-cereja

Ingredientes • 1 xíc. (chá) de capellini
• 2 col. (sopa) de azeite extravigem
• 1 abobrinha média, ralada em fios compridos
• Sal a gosto
• 1 torrada integral ralada

Molho • 1 berinjela cortada em cubos
• 1 col. (sopa) de água
• 1 col. (café) de manjericão picado
• 1 col. (café) de salsinha picada
• 3 azeitonas picadas
• 6 tomates-cereja cortados ao meio
• Sal a gosto

Modo de fazer Cozinhe a massa 'al dente'. Escorra e coloque em uma frigideira com 1 colher (sopa) do azeite. Em seguida, acrescente a abobrinha, mexa rapidamente e desligue o fogo, antes que a abobrinha comece a soltar água. Coloque sal, passe para uma tigela e acrescente o molho. Para o molho: em uma frigideira antiaderente, refogue a berinjela com a água por 2 minutos. Junte o manjericão, a salsinha e, por último, a azeitona, o tomate-cereja e refogue rapidamente. Ajuste o sal e coloque sobre a massa. Regue com o restante do azeite e polvilhe a torrada. 

Observação: peguei esta receita na página da Revista Boa Forma no Facebook.

Um beijo a todos e um junho maravilhoso! Mô Amorim.

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